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Intolerância ao glúten – Como saber se tem? Exames e Sintomas

A intolerância ao glúten é uma condição na qual o organismo rejeita esse nutriente, causando alguns sintomas negativos no sistema digestivo. Ela não é o mesmo que a doença celíaca e a alergia ao trigo.

O problema afeta milhões de brasileiros e ocorre quando as pessoas que possuem a intolerância consomem alimentos que contêm glúten, como pães, bolos, bolachas, massas, cerveja e demais alimentos que possuem trigo, centeio ou cevada.

Como saber se tenho?

Intolerância ao glúten

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A intolerância ao glúten é mais “leve” que a doença celíaca, e os sintomas envolvem alguns problemas de digestão, como:

  • Inchaço;
  • Gases;
  • Dor no estômago;
  • Diarreia;
  • Intestino preso;
  • Má absorção de vitaminas e minerais, dependendo de como estiver a flora intestinal da pessoa.

Algumas pessoas também podem sentir dor de cabeça, tontura, cansaço e coceiras na pele.

Ao suspeitar que o paciente apresenta intolerância ao glúten, é preciso retirar esse item da alimentação e avaliar a evolução dos sintomas.

Como esses sintomas podem confundir-se com outras intolerâncias, alergias e problemas digestivos, alguns exames podem ser solicitados pelo médico especialista (normalmente um gastroenterologista), a fim de detectar se realmente há algum problema em relação ao glúten, como:

  • Antiendomisio;
  • Trasglutaminase tecidual;
  • Gliadina;
  • Estudo molecular DQ2;
  • Estudo molecular DQ8.

Tratamento de intolerância ao glúten

Intolerância ao glúten

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Após confirmado o diagnóstico, é preciso eliminar o glúten da alimentação. Essa substância é uma proteína presente em trigo, cevada, centeio e malte, portanto, está nos seguintes alimentos:

  • Pães e produtos de panificação (bolos, tortas, bolachas, biscoitos, torradas, sonho, rosquinhas, croissant, etc.);
  • Macarrão e massas (nhoque, ravióli, lasanha, pizza, etc);
  • Cerveja e whisky;
  • Alguns alimentos industrializados, como sopas em pó, molhos prontos (branco, shoyu, maionese).

Além disso, existem os alimentos que podem estar contaminados com glúten, pelo fato de passarem pelos mesmos equipamentos que o trigo e a cevada durante o processamento, ocorrendo uma contaminação cruzada. É o caso de aveia, amendoim e castanhas. Por isso, é importante ler o rótulo dos alimentos para verificar se eles contêm glúten ou traços, ou seja, se foram contaminados.

Contudo, pessoas que acham que o glúten pode estar causando algum desconforto não devem elimina-lo do cardápio sem antes procurar um profissional para verificar se realmente há algum problema.

Muitas vezes, excluir o glúten sem determinação médica impossibilita o diagnóstico do nível de sensibilidade ao nutriente, e dificultar o diagnóstico de qualquer doença pode ser perigoso, além de diminuir a qualidade de vida do paciente.

Intolerância ao glúten

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Ademais, muitas pessoas intolerantes ao glúten podem ter dificuldade de eliminá-lo da alimentação, contudo, como esse problema está se tornando muito comum, várias marcas estão produzindo alimentos sem a substância para satisfazer esse público.

Mas, vale lembrar que os alimentos sem glúten não são mais saudáveis ou fazem emagrecer: eles só são melhores para quem realmente tem algum problema com o glúten. Além dos chamados glúten free, a maioria dos alimentos in natura não possuem glúten, como é o caso de frutas, verduras, tubérculos, arroz, feijão, lentilha, grão-de-bico, carne vermelha, frango, ovos e oleaginosas.

A intolerância ao glúten é um problema que pode causar muito desconforto na vida de quem possui, por isso é importante procurar um médico para diagnosticar e indicar o tratamento ideal.

Thais Fernanda Karpowisch dos Santos, Nutricionista formada pela PUC/PR, CRN-8 9117, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterápica.

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