Na vida dos seres vivos não há apenas doenças que se manifestam com sintomas físicos, como febre, vômito, dor e diarreia. Existem aquelas silenciosas, que a gente não vê, mas que são muito prejudiciais à saúde, como é o caso da TAG, ou Transtorno de Ansiedade Generalizada. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, assim como a depressão, que afeta 5,8% da população.
Continue lendo e descubra o que é a ansiedade comum, quais os sintomas clínicos e como diagnosticar e tratar a doença. Lembre-se de não se automedicar e sempre seguir as recomendações médicas. É possível ter uma qualidade de vida muito maior com o tratamento adequado.
Vale lembrar que nenhuma doença mental é frescura e ela deve ser levada a sério. Se você não se sente bem psicologicamente, procure sempre a ajuda de um psiquiatra ou psicólogo, independentemente de qual seja o problema.
Transtorno de Ansiedade Generalizada
A TAG é diferente da doença comum de ansiedade, pois a pessoa acometida preocupa-se com tudo e não apenas com uma coisa só. Esse é um problema de saúde mental, no qual a pessoa sente preocupação e nervosismo o tempo todo com relação a diversas coisas do seu cotidiano, mesmo que possam parecer insignificantes para os outros.
O diagnóstico da TAG acontece quando a pessoa passa pelos sintomas por um período longo de 6 meses. Quem possui o transtorno preocupa-se tanto que acaba se sentindo sempre estressado e cansado, pois a situação torna-se excessiva, fazendo com que ele esgote todas as suas energias, dificultando a prática de outras atividades e afetando diretamente o seu ciclo social, a sua vida acadêmica, os seus relacionamentos e a sua condição financeira.
Claro que todo mundo preocupa-se com morte, questões relacionadas à saúde, dinheiro e família. Porém, diferente dos considerados “normais”, quem sofre de ansiedade preocupa-se mesmo quando não há nenhum perigo eminente. O Brasil é o país com mais pessoas ansiosas no mundo – são 20 milhões de afetados pelo problema.
Quais são as causas?
A doutora Christina de Almeida (20758 PR- RQE 14421), psiquiatra e especialista em psiquiatria biológica, conta que a doença pode ser causada tanto por fatores biológicos quanto emocionais.
Um dos maiores causadores é a predisposição genética, ou seja, quando há casos na família que aumentam as chances de anomalias nos neurotransmissores, nesse caso, da serotonina. Além disso, há fatores externos que podem acentuar o quadro, sejam eles perdas, frustrações, prejuízos, divórcios, sobrecarga de responsabilidades e muito mais.
Sintomas
Os principais sintomas são:
- Dificuldade de concentração;
- Tensão Muscular;
- Insônia;
- Preocupação ou angústia incontroláveis;
- Sentimentos exagerados em determinadas situações;
- Preocupações de forma geral.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por um profissional da saúde, geralmente um psiquiatra. Segundo a doutora Christina, a doença só é diagnosticada quando há o humor deprimido e a anedonia: falta de prazer naquilo que antes o paciente se satisfazia.
Antes do diagnóstico final, são solicitados exames físicos e de sangue, para verificar se o problema surgiu do uso de alguma substância, tais como drogas ilícitas ou medicamentos.
Tratamento
O tratamento, geralmente, é feito com medicações e psicoterapia. Nas medicações, podem ser ministrados ansiolíticos e antidepressivos, como inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Como os ansiolíticos demoram semanas para fazer efeito, às vezes, são ministrados antidepressivos para melhorar mais rapidamente os sintomas.
A Doutora Christina explica que a maior dificuldade no tratamento do paciente é a própria aceitação da doença, que, muitas vezes, precisa de medicamentos específicos associados ao acompanhamento psicológico.
Os medicamentos podem causar efeitos colaterais durante o período de neuroadaptação, que dura cerca de 15 dias após a iniciação, sendo os mais comuns: náuseas, dores de cabeça, tontura e dores musculares leves. Vale lembrar que essas reações costumam ser passageiras, mas, caso perdurem por mais tempo, é necessário trocar de medicação.
Acompanhamento psicológico
O papel do psicólogo, conforme aponta a psicologa Pâmela Horst (CRP -8/23063), é o de ensinar o paciente a avaliar de forma mais realista as ameaças das situações e aumentar a capacidade de enfrentá-las, diminuindo, assim, os sintomas.
O tratamento começa com a terapia cognitivo comportamental, entendendo mais sobre o paciente e fazendo com que ele tome ciência de seus pensamentos e porque eles geram a ansiedade.
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Ótimo, esclarece dúvidas referente a identificação de sintomas e doenças. Orientação objetiva sobre os tratamentos e especialidades médicas para o
tratamento adequado.