Que o Brasil não faz o investimento correto em várias categorias importantes para a evolução do país, nós já sabemos disso. Porém, muitos atletas que deveriam sobreviver disso não tem acesso ao básico: o apoio que lhes foi prometido.
Esse é o caso de um dos maiores maratonistas brasileiros, Paulo Paula, paulista de 40 anos, que possui grandes conquistas em sua categoria: são duas Olimpíadas, oitavo lugar nos jogos de Londres no ano de 2012 e 15º na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2016.
Porém, engana-se quem pensa que o esportista faz seus treinos em terra local ou com algum patrocínio do Brasil, pelo contrário, no ramo do esporte, Paulo Paula encontrou em Portugal a solução para prosseguir com sua carreira.
Lá ele treina na cidade de Moita, localizada no distrito de Setúbal, perto de Lisboa. Costuma correr diariamente em um pista pública entre pedaços de asfalto e terra na beirada do Rio Tejo.
Ele conta que optou se mudar para o continente antigo por obter patrocínio de seu clube – o Run Tejo -, do qual lhe dá viagem, alimentação, massagista, nutricionista, exames médicos e tudo que um atleta de alto nível deveria receber de sua comissão atlética – o que não possui no Brasil.
Paulo é um dos esportistas brasileiros que está inserido no Bolsa Atleta, tendo direito ao nível mais alto, devido a sua categoria Olímpica, porém, conta que não recebe o benefício faz mais de 1 ano, mais precisamente desde o início de 2018. Ele indaga como pode fazer a sua preparação física e psicológica dessa maneira.
Ele treina diariamente sozinho, sem técnico ou acompanhamento qualquer da Confederação Brasileira de Atletismo, porém, isso não abala seu desempenho ou sonho de conquistar cada vez mais: acabou de obter o índice necessário para o Mundial do Catar, porém está com o pensamento focado em estar entre os 10 primeiros das Olimpíadas de Tóquio, prometendo com convicção: “Eu só fico de fora dos Jogos se me acontecer uma lesão”, afirmou durante conversa com a Betway, casa de apostas esportivas online .
Ele conta que para disputar o Mundial de Atletismo teve que tomar uma difícil decisão: abrir mão do Pan-Americano que estava sendo disputado em Peru no mês de Julho. Essa escolha veio do objetivo de se tornar um grande competidor: “Para ser grande, preciso disputar com os grandes” disse.
O corredor lembra que os Estados Unidos não costumam mandar a equipe nível A para o Pan, ainda explicando sobre sua decisão. Enquanto que para o Brasil uma medalha do Pan Americano seria interessante, ele diz que não possui condições de esperar pelo apoio brasileiro no esporte, nesse caso, preferiu pensar somente nele.
Paulo sobrevive com o ganho financeiro que obtém do atletismo, sempre com muita alegria no rosto ao obter suas conquistas. Ele frisa que o trabalho não é fácil, ainda mais com a falta de apoio financeiro de seu país de origem, destacando a sua tristeza de ter que treinar longe do país que ama.
Por fim, Paulo lembra que corre por si mesmo e que representará o Brasil nas competições, mas lembra que não tem motivos para se sacrificar pela pátria que é ingrata em suas responsabilidades monetárias para com o competidor.
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