O número de crianças afetadas com a Obesidade Infantil tem assustado os especialistas. Com o problema, inúmeras doenças como diabetes tipo 2, pressão alta e alterações no colesterol aumentaram no meio de crianças e adolescentes nos últimos anos.
Quando a criança está acima do peso nessa fase da vida, existe 80% de chance que ela seja um adulto obeso. Os quilos extras também podem afetar o emocional das crianças e desencadear estados de depressão e baixa estima. É importante conscientizar os pais, para ajudarem os filhos o quanto antes.
Causas da Obesidade Infantil
A Obesidade Infantil pode ser multifatorial, entre as principais causas estão:
- Genética (quando os pais sofrem de obesidade);
- Má alimentação (dieta desequilibrada formada por doces, frituras, fast food, excesso de carboidratos e alimentos industrializados);
- Falta de atividade física (brincadeiras que não exigem esforço físico, esse é um dos problemas atuais, uma vez que as crianças estão cada vez mais no computador);
- Problemas hormonais;
- Uso de medicamentos como os corticoides.
Sintomas
É importante salientar que nem todas as crianças que estão um pouco acima do peso sofrem de Obesidade Infantil. Para saber se o peso está sendo um problema de saúde, é preciso consultar um profissional da saúde, que fará o gráfico de crescimento e outros testes.
Outras avaliações são feitas, como peso, altura, histórico familiar e exames que ajudam a determinar se a criança está na faixa da Obesidade Infantil.
Portanto, é importante consultar um médico periodicamente, especialmente se notar aumento de peso, consumo excessivo de comida e indisposição para atividades físicas.
Na adolescência, o desenvolvimento de distúrbios alimentares é muito comum, sendo a obesidade um deles.
Riscos e Consequências
A Obesidade Infantil compromete de forma direta a saúde das crianças e, se não tratada de forma rápida e eficiente, pode desencadear males para a vida adulta.
Entre os principais problemas que podem surgir são:
- Diabetes Tipo 2;
- Alterações no sono;
- Pressão Alta;
- Colesterol alterado;
- Problemas nos ossos e nas articulações;
- Fadiga;
- Problemas para respirar;
- Depressão;
- Problemas no rendimento escolar;
- Problemas de socialização, pois a criança se isola;
- Problemas na pele;
- Transtornos alimentares.
Tratamento mais recomendado
O tratamento para a Obesidade Infantil envolve as mudanças no estilo de vida da criança. É essencial que os pais participem ativamente, a fim de promoverem essas alterações na alimentação e na atividade física.
Para essa faixa de idade, não são indicados medicamentos, por isso é ideal que as mudanças sejam gradativas e consistentes, confira:
Alimentação saudável
A abordagem alimentar inclui:
- Evitar frituras, doces, refrigerantes e bebidas açucaradas, bolachas, salgadinhos e demais alimentos industrializados;
- Comer mais frutas, legumes e verduras;
- Aumentar o consumo de água;
- Inserir alimentos integrais na alimentação;
- Evitar passeios gastronômicos em lugares que oferecem comidas gordurosas e que engordam;
- Quando sair para comer fora, a família deve optar por restaurantes que tenham opções saudáveis;
- Dizer NÃO ao filho, quando necessário, especialmente quando ele quer barganhar o alimentos.
Atividade Física
- Incentive brincadeiras ao ar livre;
- Escreva seu filho(a) em aulas de luta, dança, futebol, natação;
- Nos finais de semana, passeie no parque com eles, para incentivar o exercício físico.
Prevenção – O que fazer?
O melhor tratamento da Obesidade Infantil é a prevenção, pois, quando as crianças aprendem a comer de forma saudável desde cedo, elas não sofrem com as mudanças de hábitos.
É compreensível que os pais fiquem com receio quando seus filhos não querem comer algo saudável, mas é um erro tentar agradá-los dando a eles o que querem comer, pois, geralmente, são opções menos saudáveis.
Não entre em uma luta com seu filho caso ele não queira comer, é importante mostrar a ele a importância de comer de forma saudável, informando os benefícios para cada órgão do corpo dele.
Tenha bastante paciência e não use ameaças para as crianças comerem, ofereça o mesmo alimento diversas vezes, deixe os pratos bonitos e apetitosos e dê o exemplo – afinal, os pais também devem comer de forma saudável, para que ele perceba o que é certo.
Deixe algum alimento que ele goste muito para um dia especial. É importante que ele saiba que as guloseimas não podem ser ingeridas sempre.
Outra dica valiosa é consultar um médico periodicamente, para fazer o acompanhamento do seu filho(a).
Cardápio para Obesidade Infantil
O cardápio das crianças deve ser equilibrado. Nessa fase, é ideal que elas consumam todos os nutrientes, mas, para garantir isso, é importante que as refeições contenham:
Alimentos in natura = o Ministério da Saúde indica que as crianças comam alimentos frescos e evitem os processados, como aqueles compostos industrializados, como farinhas lácteas e bebidas que prometem uma boa substituição, mas não são.
Ensine seu filho a comer legumes, saladas e frutas. Misture na comida, monte pratos bonitos para incentivar, faça vitaminas, sucos, sopas nutritivas, varie o cardápio para avaliar qual a forma de preparo que ela prefere.
Proteínas = ovos, frango, carne e peixes devem ser inseridos na alimentação das crianças. Evite salsicha, mortadela, presunto, linguiça e nuggets.
Corantes artificiais = a ANVISA já declarou que muitos salgadinhos, balas, doces e bolachas infantis possuem corantes para deixá-los mais atraentes para as crianças. Contudo, eles podem causar alergias e afetar a saúde dos pequenos.
Água = é importante que a criança se habitue a tomar água quando estiver com sede, e não sucos e refrigerantes.
Na medida do possível, os pais devem fazer as boas escolhas para os filhos. Se ensinar o caminho que as crianças devem andar, elas não esquecerão dele.
Muitos pais dão doces e guloseimas para os filhos porque ficam com dó, entretanto, lá na frente esses alimentos vão causar um dano para a saúde e um sofrimento maior para a criança.
Reduzir esses alimentos não é eliminar de vez, mas é preciso mostrar a necessidade de ingerir nutrientes para a boa saúde e deixar guloseimas para uma vez ou outra. Equilíbrio é a palavra certa!
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