Quem nunca sofreu com prisão de ventre, não é mesmo? É algo que atormenta muitas pessoas e causa diversos transtornos e mal-estar durante o dia a dia. Por isso, muitos recorrem a laxantes para ganharem um alívio imediato até que o organismo se reequilibre e volte a funcionar normalmente.
Além desse uso tradicional, hoje em dia, alguns indivíduos têm buscado os laxantes até mesmo para emagrecer. No entanto, o alerta vale para ambos os casos: ingerir laxantes em excesso pode trazer diversos problemas à saúde.
Tipos de laxantes
Tratemos primeiro dos tipos de laxantes, para entendermos mais como eles funcionam:
- Laxantes expansores do volume fecal: exemplos desse tipo de medicamento são o Agarol, a Metilcelulose e a Carboximetilcelulose, que absorvem água e, assim, formam um volumoso gel, responsável por dilatar o cólon e ajudar a retomar a movimentação dentro do intestino;
- Laxantes osmóticos: temos o leite de magnésia, o Minilax, o Colact e o Polietilenoglicol, que fazem com que as fezes fiquem mais fluidas, ao aumentar a quantidade de líquido nelas, proporcionando o transito pelo intestino até o reto;
- Laxantes de contato: como exemplo, podemos citar a Cascara sagrada, o Agiolax, o Senan e o óleo de rícino. Todos eles provocam um estímulo direto no sistema nervoso do intestino, o que faz com que a secreção dos fluidos e eletrólitos para o cólon também sejam estimulados, retomando o funcionamento do trânsito intestinal.
Situações em que o laxante pode fazer mal à saúde
Os laxantes podem ser usados na grande maioria dos casos, porém, alguns deles, em especial os de contato e os osmóticos, podem se tornar perigosos no caso de as pessoas serem alérgicas à substância presente nesses remédios. Outra forma é se o indivíduo tiver alguma das doenças apontadas, abaixo:
- Doença inflamatória ou câncer no sistema digestivo;
- Síndrome do intestino irritável;
- Doença de Crohn;
- Colite ulcerativa;
- Pessoas ostomizadas (passaram por cirurgia para a abertura de um novo caminho para a saída de fezes ou da urina).
Em casos como esses, é provável que os laxantes possam irritar a mucosa intestinal, o que pode piorar os sintomas que levaram a pessoa a ingerir os laxantes.
Há, ainda, outras situações que impedem que as pessoas tomem laxantes. Por exemplo, indivíduos que ingerem analgésicos ou opioides, como Codeína e Morfina, não devem consumir laxantes. O mesmo vale para pessoas que têm dificuldades para engolir e que são intolerantes à lactose.
Outro caso é de pacientes com feniltocenúria, doença congênita rara, em que a pessoa nasce sem a capacidade de quebrar moléculas do aminoácido fenilalanina. O problema é que grandes quantidades de laxante nesse organismo são tóxicas ao sistema nervoso central e podem ocasionar dano cerebral.
Além disso, o consumo abusivo de laxantes pode levar a problemas renais, por conta da eliminação de sais minerais importantes. Sendo assim, esse medicamento é contraindicado para pessoas com problemas no rim.
Indivíduos com diabetes também devem evitar os laxantes, já que o remédio concentra muito açúcar em sua composição. Crianças até seis anos, grávidas e lactantes necessitam consultar um médico, antes de iniciar a ingestão de laxante.
O que acontece se eu tomar laxante por muito tempo?
Ingerir laxantes por um período maior que o normal pode levar a uma série de problemas. Entre eles:
- Inchaço e dor abdominal;
- Desidratação, por conta da perda de água pelas fezes;
- Dependência ao medicamento, o que pode fazer com que o intestino não funcione mais sem a ajuda do laxante;
- Aumento de gases intestinais;
- Diarreia cada vez mais frequente.
Além dos problemas citados acima, é bem provável que o uso prolongado leve a um desequilíbrio de sais minerais no organismo, bem como a redução de nutrientes fundamentais para o pleno funcionamento do corpo.
Por isso, não é indicado o uso de laxantes para emagrecer, apenas para quem está com prisão de ventre e, ainda assim, por um breve período de tempo – até que a prisão melhore. Caso o problema volte, o ideal é optar por formas naturais para tratar a constipação, como beber mais água, ingerir alimentos com fibras, comer frutas, etc. Caso persista, procure um médio, que irá investigar as causas desse incômodo e indicar o melhor tratamento.
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