O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um método para evitar a gravidez, considerado um dos meios com menor índice de falhas, mesmo assim, ainda não é o contraceptivo mais usado pelas mulheres.
Caracterizado por uma hasta em formato de T, o DIU é introduzido dentro do útero, com o objetivo de impedir que os espermatozoides passem e fecundem o óvulo.
Há dois tipos de DIU:
- Mirena – fabricado em plástico flexível, contando com hormônios (levonorgestrel), que são liberados aos poucos na corrente sanguínea;
- Cobre – desenvolvido em plástico, mas revestido em cobre, esse não contém a presença de hormônios.
Ambos possuem o mesmo mecanismo de ação, entretanto, segundo os especialistas, o DIU de cobre tem menos efeitos colaterais, devido à ausência de hormônios. Sobretudo, mostra-se bastante eficaz, pois a taxa de gravidez é de 0,5 a cada 100 mulheres, ao ano.
A eficácia, sem dúvida nenhuma, é o grande destaque desse dispositivo, já que as taxas ultrapassam as dos contraceptivos orais combinados, ou seja, o DIU confere mais segurança contra a gravidez.
Como funciona o DIU?
O modelo de cobre, mais usado entre as mulheres fornece proteção contra a gravidez pelo período de 10 anos, a ação do cobre dificulta a fecundação impedindo que o ovo se fixe no útero. Além disso, forma uma barreira para que os espermatozoides não cheguem ao óvulo.
No caso, do DIU hormonal, ele impede a fixação do ovo no útero através do aumento do espessamento do muco do colo do útero. Entretanto, nesse caso, ele confere segurança para a mulher pelo período de 5 anos.
A hora certa de colocar o DIU em mulheres que não estão grávidas é até o 5º dia útil da menstruação, o objetivo é aproveitar a dilatação do canal cervical proporcionada por esse período do mês.
No pós parto, é indicado após a 6ª semana ou pós curetagem, em caso de aborto.
Antes de optar por esse mecanismo contraceptivo, o ginecologista deve solicitar todos os exames para avaliar a saúde da mulher, pois existem alguns casos, onde a implantação do dispositivo não é recomendada.
DIU – Vantagens e Desvantagens
Não existe nenhum método contraceptivo 100% confiável. Além disso, podem existir recomendações específicas de uso, bem como efeitos colaterais.
No caso do DIU, as vantagens são:
- Possui, aproximadamente, 99,9% de taxas de proteção, maiores, inclusive, do que a pílula contraceptiva;
- Tem longa duração – o hormonal tem 5 anos e o de cobre tem 10 anos, sendo um excelente período para que a mulher fique despreocupada;
- É um método totalmente reversível, pode ser retirado a qualquer hora que a mulher desejar engravidar;
- Não interfere nas relações sexuais;
- Pode ser usado sem medo durante a lactação;
- É a melhor alternativa para as mulheres que não podem usar métodos hormonais, como fumantes, hipertensas, com histórico de trombose e outras;
Desvantagens:
- Provoca cólicas durante o período menstrual;
- Induz o sangramento da menstruação mais prolongado;
- Promove contrações uterinas em mulheres que nunca tiveram filhos;
- Provoca o corrimento vaginal;
- Pode causar ausência menstrual e sangramentos fora do período;
- Pode causar o aumento de peso.
No geral, essas desvantagens são relatadas pelas mulheres somente nos primeiros meses de colocação. Se persistir, o médico deve ser consultado.
Contraindicações do DIU
Algumas mulheres não cogitam usar o DIU, pela falta de informação, no entanto, especialistas asseguram que esse é o método mais eficaz e que traz menos efeitos colaterais do que as pílulas contraceptivas.
Contudo, é preciso saber que não são todas as mulheres que podem usar o dispositivo intra uterino:
- Portadoras de DIP (Doença Inflamatória Pélvica);
- Neoplasias uterinas;
- Malformações congênitas no útero;
- Sangramento uterino sem diagnóstico;
- Suspeita de gravidez;
- Cervicite;
- Portadoras de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis);
- Problemas de coagulação sanguínea;
As mulheres têm acesso gratuito à colocação do DIU de Cobre pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Para isso, devem procurar um posto de saúde ou uma maternidade pública, a fim de obterem mais informações. Também, é necessário cadastrar-se para conseguir a consulta com o médico e, posteriormente, a avaliação da saúde ginecológica e geral, garantindo que esteja apta a receber o dispositivo.
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