Sendo uma doença que afeta uma entre quatro brasileiras, a Depressão Pós-parto ainda é alvo de julgamento por várias pessoas da sociedade, porém essa é uma doença séria, a qual precisa de tratamento o quanto antes.
O problema pode acontecer com qualquer mulher (homens também, porém em menor quantidade), tendo sua causa ainda não é 100% conhecida. Para saber mais, leia, aqui, informações sobre essa enfermidade tão polêmica.
Depressão Pós-parto: O que é?
A doença costuma acontecer logo depois do parto, sendo fortemente marcada pelos sintomas de extrema tristeza, problemas de humor e crises emocionais. O problema costuma acontecer principalmente pelas alterações hormonais que o corpo é submetido após o fim da gravidez – quando os sintomas ficam acentuados. É importante compreender que essa doença não é causada por “frescura”, como se diz por aí. Ela é uma enfermidade comprovada e necessita de tratamento correto.
Principais Sintomas
Os sintomas mais sentidos por quem possui depressão pós-parto são:
- Tristeza ou desespero recorrente;
- Perda de interesse em atividades diárias;
- Sentimento de culpa;
- Ataques de pânico;
- Perda ou ganho de peso em excesso;
- Sonolência excessiva ou falta de sono;
- Medo e sentimento de solidão;
- Dificuldade na hora de tomada de decisões;
- Ansiedade e estresse.
Diferença entre baby blues
O baby blues – ou melancolia pós-parto – é outro tipo de transtorno que costuma acontecer em até 80% das mulheres após a gravidez. A diferença desta para aquela é a intensidade dos sentimentos que não afetam afazeres diários, durando, no máximo, uma semana.
É mais comum que ela aconteça por conta da fase de adaptação física e emocional para a nova realidade com o bebê, diferentemente da depressão pós-parto que pode durar mais do que um ano e ter impactos mais profundos no dia a dia da mulher e da família.
Psicose pós-parto
Um tipo de condição mais grave do que as duas citadas anteriormente é a psicose pós-parto, que costuma atingir mulheres que têm histórico de transtorno bipolar ou que já sofreram com depressão pós-parto na gravidez passada. Os sintomas costumam aparecer dentro das três primeiras semana após o parto, sendo:
- Sensação de desconexão com o bebê e as pessoas conhecidas;
- Sono desestabilizado, mesmo quando o bebê já adormeceu;
- Pensamentos confusos e que podem levar a danos para ao recém nascido e à mãe;
- Comportamento fora do normal;
- Mudanças repentinas de humor;
- Alucinações.
Quais são as causas da depressão pós-parto?
A doença não possui nenhuma causa comprovada, porém acredita-se que as mudanças físicas pelas quais o corpo passa, por conta da queda de estrogênio e progesterona, podem acentuar as chances de depressão.
Mudanças na glândula da tireoide, no volume sanguíneo, na pressão arterial e no sistema imunológico também podem influenciar no aparecimentos da doença. Além disso, os fatores emocionais da mãe relacionados às mudanças corporais, à capacidade de cuidar da criança e às alterações no estilo de vida são influentes na doença.
Fatores de risco
Há alguns fatores que podem aumentar o desenvolvimento da doença, como:
- Caso de depressão pós-parto em gestação anterior;
- Falta de suporte de familiares ou pessoas chegadas;
- Estresse;
- Problemas financeiros;
- Limitações físicas antes e depois do parto;
- Depressão antes, durante e depois da gravidez;
- Transtorno bipolar;
- Histórico de depressão ou transtorno bipolar;
- Casos de violência doméstica.
Quando procurar ajuda?
Caso esteja sentindo alguns dos sintomas acima em grande intensidade, por mais de uma semana, é indicado procurar ajuda médica o quanto antes, já que somente um profissional poderá te ajudar, indicando o melhor tratamento.
Diagnóstico da doença
Geralmente, a enfermidade é diagnosticada por meio de uma avaliação clínica de frequência e quantidade dos sintomas. Em alguns casos, é realizado um exame de sangue completo, a fim de encontrar se há alterações hormonais que podem ser resolvidas por meio de reposição.
Tratamento
Além do acompanhamento de um especialista, antidepressivos são utilizados, tendo o aparecimento dos resultados entre 1 a 2 meses. O tempo de uso dos medicamentos é de 6 meses, no mínimo, porém pode estender-se a um ano ou mais.
O aconselhamento com um psicoterapeuta também é indicado, pois ele ajudará a paciente a aprender a lidar com seus sentimentos. Há, ainda, grupos de encontro de mulheres que também sofrem com a doença, sendo essa uma boa maneira para aprender mais sobre a depressão pós-parto e desmistificar o preconceito.
Quais são as complicações da doença?
Caso não tratada, é possível que ela acabe interferindo no vínculo entre os familiares e gerando problemas de comportamento na criança, como atraso no desenvolvimento da linguagem.
Prevenção
O primeiro hábito necessário para prevenir a doença é ter uma vida saudável, praticando exercícios físicos diários e mantendo consultas médicas em ordem. Evitar alimentos que acentuam a ansiedade e depressão também pode ajudar, visto que café, drogas psicoativas, álcool ou medicamentos em excesso são os mais perigosos à saúde.
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