Para quem vive ou viveu em áreas rurais, cozinhar com banha de porco não é nenhuma novidade. O fato é que esse assunto está sendo bastante comentado nos últimos tempos, devido a alguns estudos e determinadas opiniões de especialistas em saúde evidenciarem o uso dessa gordura animal.
O que se pode perceber é que de tempos em tempos, as opiniões médicas a respeito de um alimento diferem-se, contudo, ainda existem divergências entre eles, por isso, alguns elementos são alvo de polêmica. A banha de porco é um deles – confira, a seguir.
Banha de porco faz mal?
Primeiramente, é preciso explicar que a banha de porco é retirada de várias partes do corpo do animal. Antigamente, essa era a gordura mais usada para preparar os alimentos, pois não existiam óleos vegetais que hoje são encontrados abundantemente nos supermercados.
A banha de porco é formada por gorduras saturadas (40%) e gorduras monoinsaturadas (45%), além de 15% de gorduras poli-insaturadas. De acordo com os defensores da banha de porco, inclusive médicos, ela é mais saudável do que os óleos de soja, girassol e canola vendidos em supermercados, pois trata-se de uma fonte de gordura natural e não industrializada.
Do mesmo modo que a manteiga e o óleo de coco, a banha de porco não altera tanto os seus princípios ativos quando exposta ao aquecimento, portanto, são formas de gorduras mais resistentes à oxidação, reduzindo a liberação de substâncias tóxicas ao organismo.
A fama de que a banha de porco faz mal foi dada devido à presença da gordura saturada, que, por muitos anos, foi alvo de críticas e suspeitas, por causar doenças cardiovasculares, aumento de colesterol e outros males. A gordura saturada está presente em todos os alimentos de origem animal, como leites, carnes, manteigas, queijos, cacau e outros.
No entanto, com o passar dos anos, foram percebidos que a pior gordura para o organismo humano é a gordura trans, aquele vinda de bolos, biscoitos, margarina, sorvetes, pães e tortas industrializadas. Assim, a encontrada na banha de porco passou a ser a mocinha, responsável por aumentar o colesterol bom (HDL).
Benefícios da banha de porco?
O fato da banha de porco não deixar gosto e nem cheiro nos alimentos já é uma grande vantagem para preparar o alimentos. Além disso, essa gordura se mantém estável durante todo o processo de cozimento, o que não ocorre com os famigerados óleos de cozinha.
Trocar o óleo pela banha de porco pode trazer muitos benefícios, pois:
- Frita o alimentos mais rapidamente;
- Reduz o colesterol ruim e aumenta o bom;
- Protege o coração;
- É rica em vitaminas B, C e D;
- É rica em minerais, como ferro, cálcio e fósforo;
- É rico em ácidos oleicos, que ajudam no combate à depressão;
- Tem ação antioxidante, responsável por combater os radicais livres.
A banha de porco possui colesterol, entretanto, estudos comprovam que alimentos ricos em colesterol não são os responsáveis por elevar o colesterol no sangue. Os grandes causadores desse problema são o excesso de carboidratos simples, como açúcar e farinha branca.
Como substituir o óleo pela banha de porco?
Pesquisas apontam que os óleos de cozinha ricos em gorduras poli-insaturadas produzem uma grande quantidade de aldeídos, compostos tóxicos encontrados em gordura aquecida. Na banha de porco e outras gorduras saturadas e monoinsaturadas, os aldeídos são encontrados em menor quantidade. Desse modo, é concluído por alguns estudos que a melhor gordura para preparar alimentos são banha de porco, óleo de coco, manteiga e azeite de oliva.
Com essas gorduras é possível grelhar, cozinhar e fritar. Todavia, é preciso lembrar que tanto a banha de porco como o óleo de coco, a manteiga e o azeite de oliva são extremamente calóricos e podem ocasionar o aumento de peso, se não for ingerido com parcimônia. Portanto, não exagere na hora de refogar ou grelhar alimentos nessas gorduras.
Para manter a forma, é ideal evitar o consumo de frituras na alimentação, mesmo que sejam elaboradas com gorduras mais saudáveis. Além disso, é preciso lembrar que a banha de porco não se trata daquela industrializada, comprada em supermercado, mas sim da gordura artesanal, encontrada no interior ou em lojas de produtos naturais.
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