Anorexia nervosa – Causas, Tipos, Sintomas, Exames e Tratamento

Você já ouviu falar na anorexia nervosa? Essa é uma doença séria, que precisa de tratamento o quanto antes. Confira como proceder aqui, no Quero Viver Bem!

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar em que a pessoa tem uma preocupação excessiva com o peso corporal: ainda que esteja muito magra, ela se enxerga obesa.

Para se livrar desse imaginário peso extra, faz jejum, vomita, toma diuréticos e laxantes e, principalmente, exagera na prática de exercícios físicos.

Essa é uma doença grave, que pode levar à caquexia (quadro de extrema desnutrição, perda de massa muscular e óssea) e ao óbito, especialmente quando não tratada.

Anorexia nervosa

Causas da anorexia nervosa

A anorexia nervosa é uma doença multifatorial, ou seja, ela pode ser causada por diferentes fatores, dependendo do perfil específico da pessoa.

Entre esses fatores, destaque aos:

  • Genéticos: quando a pessoa tem predisposição genética ao distúrbio;
  • Neuroquímicos: ocorre quando o cérebro passa por alterações neuroquímicas, principalmente no que se refere à concentração de noradrenalina e serotonina;
  • Psíquicos: incidem quando a pessoa tem depressão, por exemplo;
  • Socioculturais: por pressão familiar, do grupo social ou de pessoas externas que propagam o conceito de padrão de beleza como sendo o da magreza absoluta.

Tipos de anorexia nervosa

Anorexia nervosa

Um fato que a maioria desconhece sobre a anorexia nervosa é que há dois tipos dessa doença. Conheça, a seguir, quais são eles e suas características principais:

  • Anorexia nervosa clássica: ocorre quando há a perda de apetite e a prática excessiva de atividades físicas;
  • Anorexia nervosa restritiva: acontece quando há compulsão alimentar (a ingestão excessiva de alimentos em pouco tempo), seguida de períodos de compensação, nos quais se faz jejum prolongado (por mais de um dia, inclusive).

Sintomas da anorexia nervosa

A anorexia nervosa proporciona sintomas pontuais fáceis de serem identificados por análise médica superficial. Conheça todos eles na lista que preparamos:

  • Emagrecimento rápido e excessivo, aparentemente sem justificativa;
  • Grande preocupação com o peso e valor calórico dos alimentos;
  • Ingestão de menos de mil calorias por dia (em alguns casos, a pessoa consume cerca de 200 calorias diárias);
  • Imagem distorcida do próprio corpo, sem capacidade de identificar sua magreza – pelo contrário, a visão que se tem de si é sempre a obesa;
  • Prática de exercícios físicos de forma exagerada e intensa, com a finalidade de queimar o máximo possível de calorias;
  • Recusa frequente de se alimentar, justificando que já comeu;
  • Amenorreia, que é a interrupção do ciclo menstrual;
  • Depressão;
  • Síndrome do pânico;
  • Comportamento obsessivo-compulsivo;
  • Pele extremamente seca;
  • Lanugo, que é um tipo de pelo parecido com palha de milho;
  • Irritabilidade;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Cefaleia;
  • Tontura;
  • Desmaio;
  • Prisão de ventre;
  • Intolerância ao frio;
  • Unhas e cabelo fracos;
  • Pele amarelada.

Exames e diagnóstico

Anorexia nervosa

O diagnóstico da anorexia nervosa é feito com base na análise do histórico do paciente e de seu exame clínico. Para determinar a existência da doença, o médico também considera o IMC (Índice de Massa Corporal) do paciente.

A CID (Classificação Internacional de Doenças) determina que uma pessoa tem anorexia se apresentar IMC igual ou inferior a 17,5 kg/m2, cálculo que é feito com base na altura e no peso do paciente.

Não há exames laboratoriais que identificam a doença, mas alguns podem ser solicitados pelo médico para determinar complicações da anorexia nervosa ou para eliminar enfermidades que geram sintomas parecidos com os do distúrbio alimentar.

Entre os exames que o médico pode solicitar estão:

  • Hemograma;
  • Dosagem de ferro, vitaminas, minerais e hormônios tireoidianos;
  • Identificação de tumores, infecções crônicas e diabetes.

Grupo de risco

A doença tem maior incidência sobre as mulheres adolescentes, possivelmente porque esse grupo é mais suscetível a pressões externas associadas à imagem.

Além disso, profissionais de determinadas áreas também são considerados grupos de risco, como atletas e bailarinos.

[VEJA TAMBÉM: ANOREXIA E BULIMIA – QUAL A DIFERENÇA?]

Tratamento

O tratamento de anorexia nervosa é feito com a adoção de diferentes medidas e o acompanhamento com mais de um médico. De modo geral, há as seguintes etapas:

  • Acompanhamento com nutricionista e endocrinologista, para assegurar a saúde do organismo como um todo;
  • Adoção de nova dieta alimentar, aumentando aos poucos a quantidade de calorias consumidas;
  • Uso de medicamentos antidepressivos receitados por um psiquiatra;
  • Realização de psicoterapia frequentemente.

É importante ressaltar que a anorexia nervosa pode ter reincidência, portanto, é fundamental seguir completamente o tratamento indicado pelos médicos, bem como fazer o acompanhamento solicitado com um psicólogo.

O tratamento é longo, mas extremamente efetivo porque realmente ajuda a salvar vidas. Inclusive, a família pode participar desse processo, aprendendo mais sobre a doença e como lidar com o anoréxico, para lhe ajudar a superar o distúrbio.


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